Polícia do RS prende dupla suspeita de invadir sistemas do governo e vender dados; preso teria repassado informações a homem que ameaçou Felca
Suspeito de hackear dados do governo para venda é preso pela polícia do RS; ele forneceu informações para preso por ameaçar influenciador Felca Polícia Ci...

Suspeito de hackear dados do governo para venda é preso pela polícia do RS; ele forneceu informações para preso por ameaçar influenciador Felca Polícia Civil/Divulgação A Polícia Civil do Rio Grande do Sul prendeu duas pessoas suspeitas de envolvimento em um esquema de invasão de bancos de dados do governo para obter informações e vendê-las. Os hackers foram presos em Pernambuco e no Rio Grande do Norte durante cumprimento de mandados de prisão preventiva. De acordo com a Polícia Civil, um dos presos, um pernambucano de 26 anos, é suspeito de ter fornecido dados para o grupo do qual faz parte o homem preso por ameaçar o influenciador Felipe Bressanim Pereira, conhecido como Felca. 📲 Acesse o canal do g1 RS no WhatsApp Provas obtidas pela Polícia Civil indicam que o suspeito invadiu o sistema de busca de ativos do Poder Judiciário (SISBAJUD) e teve acesso a 239 milhões de dados de chaves PIX. Além disso, diz ter obtido dados de veículos e de segurança pública do Serviço Federal de Processamento de Dados (SERPRO) e do Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública (SINESP), além de sistemas de trânsito de mais de cinco estados. Por fim, afirma ter tido acesso a informações sobre fraudes bancárias, reconhecimento facial e de voos domésticos e internacionais da Polícia Federal. De posse dos dados, o suspeito vendia o acesso a eles. O homem preso no Rio Grande do Norte, de 26 anos, seria um intermediário e criou uma plataforma em grupos de WhatsApp para atrair outros criminosos e vender acesso a informações. Suspeito de hackear sistemas governamentais e vender dados a golpistas é preso em ação da polícia do RS Polícia Civil/Divulgação Histórico de crimes Além do alvo preso no Rio Grande do Norte, o suspeito já havia fornecido dados para alvos de outras operações anteriores, como: "MDP" ou "Menor 7", preso no Pará em 12 de agosto por administrar painel de consulta de dados ilegal utilizada para fraudes "Oliver", preso no Espírito Santo em 24 de setembro por revender logins de sistemas do Poder Judiciário de diversos Estados para a prática de golpe do "falso advogado" "Federal", preso em 22 de julho na Paraíba por ataque ao sistema do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul "Lammer, F4llen ou Lucifage", preso em 25 de agosto oir ameaças ao influenciador Felca e suspeito de chefiar um grupo investigado pelo compartilhamento de arquivos de pedofilia, estupros virtuais, apologia ao nazismo, instigação ao suicídio e automutilação O esquema De acordo com a Polícia Civil, os suspeitos utilizavam os dados obtidos para aplicar fraudes e outros crimes contra as vítimas. Foi possível mapear toda a cadeia de suprimentos do crime, identificando de forma incontestável a "Fonte" dos dados (em Pernambuco), um dos intermediários, administrador de plataformas de distribuição (no Rio Grande do Norte) e um dos principais operadores logísticos e financeiros da ponta, ligado a execução direta de fraudes (em São Paulo). VÍDEOS: Tudo sobre o RS